sexta-feira, setembro 24, 2004

Ilógica universal

Há uma linha tênue que une eu e ela.
Quanto ao o mundo? O mundo se equilibra na corda bamba, que se balança entre a vida e a minha esperança... Ok, tem hora que o universo terremota e que eu tenho certeza que ele, o mundo, vai cair... Mas eu e ela seguimos firmes, uma em cada ponta, sempre juntas, segurando o mundo.

Dizem que todos os seres fazem dois movimentos, assim como o mundo: um de rotação, outro de translação.

A translação dura a vida toda, a rotação um dia, normalmente.
Fico pensando na órbita disso e chego a estranha conclusão de que ela é imprevisível.
Transladar depende do sol, não é mesmo? Acontece que o nosso astro-rei particular muda sempre... Ele são pessoas, são sonhos, são medos. Ele são muitos e acho que é por isso que a vida das pessoas segue caminhos tão diferentes. Cada uma, a cada segundo, vai atrás de seu Sol do momento e nessa busca acabam se perdendo por aí.

A rotação é mais fácil, damos em torno de nós mesmos. Se bem que tem dia que perdemos nosso próprio eixo e o movimento fica difícil. As horas passam devagar, vez ou outra nos atropelam.

Definitivamente, há dias em que não há meio termo e ficamos tontos de tanto rodar... O bom é que a natureza é tão perfeita, que uma hora o dia termina, ainda que (ironicamente) demore meses.

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