terça-feira, junho 13, 2006

Santo Antonio,

Eu queria um namorado que não fosse bem um namorado!
Queria um presente diferente...
Algo assim, que venha sem o selo chato das convenções, sem garantias e que me ajude a reinventar as regras. Todas!
Alguém imprevisível, que surpreenda, me conteste, me questione.
Ah... E que em vez de certezas, me dê apenas abraços e frio na barriga.

segunda-feira, junho 05, 2006

Julgamento de quem?


Era a minha primeira cobertura de um julgamento, era a primeira vez que eu entrava num tribunal. Depois de me inscrever junto com outras cinco mil pessoas para ocupar um dos 80 lugares do plenário, destinados ao público e não ser sorteada, eu estava quase conformada com a idéia de acompanhar tudo do lado de fora. Quase.

Minha missão era mostrar a movimentação de curiosos, no circo armado para o julgamento. Com a chegada dos sorteados, entrei no fórum, despretensiosamente. Meu objetivo era conversar com alguns deles, saber quem eram essas pessoas e marcar algumas entrevistas pra depois da sessão, mas me surpreendi. Sobraram vagas. A imprensa estava toda lá fora e eu era a única ali dentro, a única que sabia disso!

Há dias, centenas de jornalistas se acotovelavam por uma das poucas credenciais disponíveis, quase enlouqueceram a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça... De repente, algo muito melhor que a tal credencial estava ali diante de mim e só de mim!

Acompanhei a sessão de perto. O espaço reservado aos jornalistas ficava ao fundo, do lado oposto ao das cadeiras ocupadas por Suzane e os irmãos Cravinhos. O meu ficava bem diante deles, de seus advogados de defesa e no meio do público. Os curiosos, meus entrevistados, nessa altura já meus quase-conhecidos eram o meu termômetro. Como num estádio de futebol em dia de decisão, vaiavam, aplaudiam e torciam, mais pela não-desmoralização da justiça do que pela condenação dos três réus confessos. Havia um clamor por acreditar que dessa vez não seriam permitidas manobras, que haveria uma reação, uma forma de ela-justiça provar que pode ser soberana. Não foi.

O julgamento foi adiado e são muitos os recursos que podem ser usados para que no dia 17 de julho, o mesmo aconteça. Resta a certeza, de que haverá um novo circo, com os mesmos expectadores e a mesma torcida. Meu ingresso, está garantido.

Veja a reportagem: http://gmc.globo.com/GMC/1,,2465-p-M479742,00.html