quarta-feira, julho 19, 2006

Há quase um mês...

A vontade de escrever me persegue, mas faltava atitude.
Pra comemorar esse reencontro apaixonado, hoje não vou falar nem de palavras, nem de trabalho. Quero contar uma história, daquelas bobas, gostosas de ouvir.
Do tipo que começa com era uma vez...
E de fato era...

Um dia há muito tempo, duas crianças brincavam de patinar na neve.
Felizes? Talvez. Mas certamente alegres, pois fazia sol e era inverno - a gente sempre se alegra, ainda que triste quando faz sol no inverno.
Também é certo que se divertiam, porque não há como não se divertir em boa companhia quando somos anjos inocentes. Enfim, brincavam até que o gelo sobre o lago rompeu e uma delas caiu e ficou submersa.
Ao ver a amiga presa, a pequena colega se desesperou e tentou ajudá-la. Quase sem forças, porque de fato era muito pequenina, a menina tirou um dos patins e começou a golpear o gelo.
Golpeava e gritava por socorro, golpeava e gritava.
Até que conseguiu... Salvou a amiga.
Nesse momento a ajuda chegou. Vizinhos assustados com os gritos correram para o local. Surpresos buscavam, sem sucesso entender como uma criança tão frágil podia ter conseguido tal feito: romper uma grossa barreira de gelo e salvar a amiguinha.
Passaram muito tempo discutindo, enquanto a garota se aquecia.
Ninguém parecia ter explicação até que um sábio que passava pelo local se intrometeu na convesa e esclaresceu a questão. Ele disse: a resposta é simples, a menina conseguiu salvar a amiga porque não havia ninguém por perto pra lhe dizer o que ela não era capaz de fazer.
Sábia resposa!

Adoro essa história.
Um conto simples, delicado.
Por sem/cem razões, tenho pensado muito nele nos ultimos dias.