quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Faz tempo...

que não escrevo, que não amo, que não pulso. Mas aconteceu!
Tenho feito das palavras apenas trabalho. E quem vive delas, sabe que é fácil falar sem sentir. Questão de profissionalismo, questão de sobrevivência!

Quando falta paixão, falta vontade de se mostrar. A gente se esconde por aí. Finge viver. Os dias passam meio que iguais e é como se nos perdessemos nas horas.
É bom se perder, eu gosto! Mas um se perder de si, hum, esse é ruim.
Bom é se perder no outro, por aí, sem medo do ontem, sem amanhã. Bom de se perder é ter onde se perder, é saber que alguém vai te achar.

Enfim, faz tempo, mas aconteceu.
O problema é que o cenário é o mesmo, a vontade não mudou, mas a essência da vilã, ou seria a mocinha, essa está diferente. Está indecifrável.
Por trás do mesmo rosto há algo estranho. Falta eu! Sobra ela... Em mim. Ah!

Visito o paraíso, sem poder tocar em nada. Vejo que o belo continua lá. Que existem belezas novas, mas não ouso. Fico só, ficamos juntas. Eu e ela, e sei não sermos mais nós. Só sei sermos ali. Sei que se foi. Mas o coração continua e pulsa, o amor resiste, e volto a escrever... Não com palavras, mas com o coração sangrado de um sangue que nem sei ainda se meu.