segunda-feira, dezembro 19, 2005

Tempo

O tempo é um negócio engraçado, mas nunca se engana.
Tem coisas que demoram, demoram demorando e a gente acaba esquecendo mesmo com toda a demora. Outras são rápidas e surgem tão de repente que antes que se perceba ficam para sempre.

Elas são generosas e vem como milagres... Ainda que não se acredite. Vem de onde e quando menos se espera.
Surpresas que inundam a vida da gente de alegria. Rompem a rotina. Bagunçam tudo! Deixam o mundo deliciosamente mais colorido...

Por falar em mundo... O meu amanheceu meio desbotado, quase preto-e-branco. Até o sol ficou com preguiça e desistiu de fazer calor.
Tenho frio e é culpa do tempo... Mesmo que outro... Outro tempo... O tempo, aquele, que não se engana.

A falta de previsão me assusta, logo eu que nunca acreditei em previsão do tempo. Em previsão nenhuma.
Sempre duvidei das certezas, devia estar feliz com a imprevisão. Estou. Não estou.
Menina dos imprevistos, da surpresa, do inesperado... Tudo bobagem!
Boba menina... Sábia menina... Saudade de outra menina.

Mas o tempo é mesmo um negócio engraçado. Às vezes precisamos de tanto, às vezes de tão pouco... O tempo! Ah o tempo é um negócio engraçado e que nunca se engana.

O sol apareceu, mas continua escondido. Voltou a chover... Em mim. E antes que inunde... Vou parar. Pegar uma blusa. Poupar o leitor...
Eu que sempre acelerei, vou aprendendo a ir sem pressa...
Pra quê pressa?
Vai continuar frio e sobrar tempo demais pra escrever nos próximos dias...

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