Chegou e veio caminhando devagar. Os olhos atentos, as mãos sem jeito, ora dentro, ora fora do bolso. De certo me procurava. Torcia por isso. Eu seguia ali, parada. O copo quase vazio. Ergui a cabeça e lhe encarei como que se quisesse chamar a atenção. E queria. Foram vinte, talvez trinta segundos de espera e eles se encontraram. Primeiro os olhos, depois o silêncio - ávido por saber o que dizer.
Vinha agora em minha direção devagar. O mesmo sorriso tímido, que eu havia imaginado tantas e tantas vezes. Não! Era ainda mais lindo! A euforia era tanta que eu mal me cabia. Respiração ofegante. Passos. A distância diminuía. Levantei e sem saber o que fazer, ofereci um abraço. Ficamos imóveis. Finalmente estávamos ali, tínhamos ido tão longe e ainda tínhamos tanto...
Nos conhecíamos pouco, de vista, de oi... Até o dia em que nos aproximamos. Era noite e era um sonho.
Eu caminhava pela Vila. Não sei de onde eu vinha, mas já andava há muito tempo. Um carro parou e de dentro, veio a oferta da carona. Aceitei. Seguimos conversando, como se nos conhecêssemos muito. Rimos à beça. Desci em casa feliz e só então descobri que sonhara.
Dias depois do sonho estávamos ali. Tudo por ser dito. Sem saber como e o quanto. Sorri, sorrimos.
Pedimos batata frita?
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Um comentário:
é não é que estava aqui o tempo todo? nem acredito...
Rebeca, Angela, Marina...
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