Há dias em que uma dor de estômago obriga a gente a colocar algo pra fora!
Minha insensibilidade me assusta e hoje é o dia dela!
Odeio quando passo pelas ruas e vejo gente morrendo e não faço nada!
Quando uma mão pequena me pede moeda e eu fecho o vidro com medo de assalto!
Quando não sei o que dizer pra quem diz que tem fome!
Lembro daquela mulher me pedindo dinheiro pra comprar uma galinha...
Fantasmas da vida real, do lado de fora do meu carro e dessa bolha de fantasia...
Quando fico triste, olho no espelho e me cobro!
Como sofrer com uma angústia tão egoísta, quando tantos precisam de mim? E na verdade nem precisam...
Talvez eu é precise deles e neles esteja a resposta pra essa falta inesplicavel que eu sinto...
Confesso!
Confesso que tenho inveja da risada escandalosa de quem não tem quase nada! Do amor de beijo na boca desdentado, sujo, debochado...
Quando visito gente simples, pra cantar suas desgraças me derreto com a capacidade dessa gente de sorrir! Eles varrem a lama pra fora do barraco fazendo piada da vida. Sambam sobre as tristezas, eles os fodidos... Enquanto eu, com tanto, me desespero por quase nada.
Quero vomitar tudo isso! Essa insatisfação de nunca estar satisfeita!
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Um comentário:
Como pode em um ser tao pequenino existir uma essencia tao grande...
tenho muito orgulho de te-la dentro de mim por um espaco da minha existencia...
te amo pra valer
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