São tantos os sentimentos vivos. Nascemos aos berros já buscando por eles. Desejamos cuidado, carinho. Nossa necessidade de respeito cresce junto com a gente. Adolescemos de urgência por sentir. Queremos a vida aos goles, aos litros e ela amadurece, nos amadurece. Nossos desejos não. Seguem infantis como nós. Querem ser amados, desejados. Querem juras de amor, depois de eternidade e sempre haverá o que desejar.
Na ansia de querer o tanto que se quer, buscamos. Não sabemos onde. Nem exato o quê. Sabemos que queremos, aquilo que nunca se teve. Aquilo que tanto se quer.
O prazer. O sucesso. As certezas.
Comemoro com cada poro meu encontro com eles. Me realizo com cada sentimento.
Recentemente descobri a alegria. Redescoberta. Me apaixonei inteira por ela. Feliz. Com a experiência de quem suspira, afirmo com o entusiasmo do meu eterno desejo: ainda melhor que amar é também sentir alegria por alguém.
segunda-feira, novembro 03, 2014
segunda-feira, julho 14, 2014
Sou repórter não muito convencional, do tipo que odeia notícias ruins. Acabo de saber da morte de Vange Leonel,
fiquei triste, mas só decidi escrever porque quero compartilhar não
lamento, mas gratidão. Confuso, né? Para quem não conhece, Vange é a
cantora que emplacou, o hit “Noite Preta” da novela Vamp, eu prefiro
pensar que ela é mais uma mulher corajosa. Num país, onde as brasileiras
ainda ganham em média ¼ a menos que os homens e morrem mais do que na
maioria dos lugares do mundo, vítimas da violência de seus próprios
parceiros, Vange ousou ser feminista. Mais do que isso, Vange foi o que
é. Se hoje, nós brasileiras podemos ter pelo menos a impressão de que
vivemos numa sociedade mais igual; se podemos esperar com naturalidade
não só pelo beijo, mas pelo casamento gay num fim de novela; se temos
uma presidente mulher, e podemos inclusive vaiá-la é porque mulheres
como a Vange souberam dizer o que pensam. Morte, não. Viva ela e todas
nós!
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