Queria tanto ler alguma coisa. Qualquer texto que me fizesse algum sentido e preenchesse o vazio dos outros e o excesso de mim dos últimos dias.
Queria, mas por estar o livro mais próximo a dezenas de quilômetros de mim, resta-me apenas imaginação. Nela garimpo frases perdidas, não escritas... Consigo papel e caneta.
Ponho as palavras pra fora, em seqüência, como quem organiza a própria casa. Fora de casa.
Meu redor são barulhos, são ecos... Sotaques misturados, a margem do rio, Preguiças...
Quando digitar (ou não) esses pensamentos soltos, já longe daqui será no meio de dezenas de livros que vão me encarar invejosos. Essa falta de agora não existirá e talvez todas essas frases não façam mais nenhum sentido.
Não ligo. Por enquanto são pra mim mais que companhia.
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
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